Presidente do Equador diz que país vive estado de guerra com terroristas
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Publicado em 10/01/2024

(Com informações do Site G1 da Globo.com)

O presidente Daniel Noboa, do Equador, afirmou nesta quarta-feira (10) que o país está em estado de guerra com grupos terroristas. As cidades do país passam por um dia atípico, com aulas suspensas, pouco trânsito, ruas vazias e comércio fechado.Em uma entrevista a uma rádio, Noboa disse que, para os criminosos, seria interessante que o governo denominasse as 22 facções que atuam no país como organizações criminosas, e não como terroristas. “Vivemos em um estado de conflito, um estado de guerra (e nesse caso) se aplicam outras leis, aplica-se também o direito humanitário internacional, que é diferente do direito comum do Equador”, afirmou ele.

 

Segundo Noboa, ao denominar os grupos como terroristas, eles passam a ser considerados alvos militares. O presidente disse que ele mesmo é o comandante da operação, mas que as decisões táticas serão tomadas pelos militares.

 

Estrangeiros presos serão deportados

Noboa afirmou que o país vai começar a deportar estrangeiros presos em cadeias do Equador. A medida é uma tentativa de reduzir o tamanho da população carcerária.

De acordo com ele, há 1.500 colombianos presos no Equador. A grande maioria (90%) dos estrangeiros no sistema prisional equatoriano são dos seguintes países:

 

Crise de segurança do Equador

O Equador vive uma crise de segurança que começou com motins em prisões. Houve fuga de criminosos, ataques a delegacias e sequestro de policiais.

Na terça-feira, homens armados invadiram um estúdio de TV e transmitiram a ação ao vivo. Depois disso, o presidente Daniel Noboa baixou o decreto determinando que o país vive um conflito armado interno.

Também na terça-feira, cidades do país registraram invasões, explosões e sequestros. A imprensa equatoriana afirma que 11 pessoas morreram na cidade de Guayaquil e 2 na cidade de Nobol.

Mais de 130 agentes penitenciários e outros funcionários eram mantidos como reféns por detentos, nesta quarta-feira, em pelo menos cinco prisões do Equador, país que está sofrendo com uma escalada de violência nos últimos dias.

 

Três dias de crise

 A crise começou na segunda-feira (8), após a fuga da prisão do criminoso José Adolfo Macías, mais conhecido como "Fito". Ele é chefe da "Los Choneros", uma das facções criminosas mais temidas do país. O governo disse que a violência é uma reação ao plano de Noboa de construir uma nova prisão de alta segurança para os líderes de gangues. Após, a fuga de Fito, o presidente Noboa decretou estado de exceção. Essa foi a primeira medida de endurecimento do regime. Um toque de recolher passou a vigorar e foram impostas restrições a direitos de reunião, de privacidade de domicílio e de residência. Além disso, as Forças Armadas também foram autorizadas a ir para as ruas apoiar o trabalho da polícia.

 

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